terça-feira, 31 de maio de 2011

Não, não é a mesma pessoa...


Me pediram um texto, desses chamados motivacionais, sobre quem é o 'Bom chefe' o 'Líder'; sobre como liderar o grupo ao exito!
Fiquei olhando para a pessoa, bem sucedida, e me perguntando, como alguém tão articulado, não percebe que o chefe e o líder não são a mesma pessoa? Que hoje não é possível conceber uma gestão que realmente cresça, traga resultados tendo por base a personificação do chefe?
Então vamos lá: Quem é o Chefe? Quando pensamos nessa pessoa, o que vem ao nosso imaginário? Diga, se estou errada, vem a imagem de um administrador, com grande competência, entende tudo sobre impostos, compreende como ninguém sobre a taxa Selic , uma pessoa fria, que tenta ser imparcial e que não precisa saber exatamente nada muito profundo da vida de seus funcionários. Aliás quanto menos ele se envolve melhor, pois trabalho é trabalho e vida pessoal é vida pessoal!
Ele é bom chefe quando paga seu salário no dia combinado e de preferencia não te chama na sala dele, e só é visto nos dias de pagamento, nos outros ele é praticamente uma entidade, onipresente e onisciente, que na verdade causa um certo constrangimento ao ter que encará-lo, pois em geral isso representa problemas.
E quando pensamos em um Líder, o que vem a nossa mente? Aquele alguém que trabalha pelo bem comum, que nos conduz à algum lugar. Embora essa seja uma visão romântica; o líder é sim alguém que nos leva à algum lugar, mas de que forma? Nos carregando no colo como um messias? Definitivamente não!
O líder tem competências e habilidades para nos ensinar, orientar, delegar e cobrar; logo podemos compreender que ele é um gestor; Cabe a ele desenvolver planos estratégicos e operacionais para que a instituição alcance seus objetivos organizacionais.
Um bom líder sabe a diferença entre comandar um grupo, o que em geral é feito pelo chefe, e em liderar uma equipe, isso só um gestor pode fazer, só aquele que trabalhou sua competências, consegue manter a equipe unida em torno de um bem comum, e para isso ele lança mão dos conhecimentos que ele tem sobre seus liderados para mobilizar o que de fato os motive.
Podemos afirmar então que o líder sabe ouvir, sabe da importância de dar visibilidade a todos os envolvidos no processo, em situações amplas, quer seja na família, na escola, em uma microempresa ou em uma multinacional.
Só tem condições para liderar quem se faz presente, não só por discurso mas principalmente por ações, quem não abre mão da humanidade em prol da burocracia, quem consegue se colocar no lugar do outro e ser ético, moral e com princípios jurisprudentes em suas escolhas.
Nessa altura tem quem pergunte: E isso existe? Eu respondo, sim existe! Mas é um desafio.
Por isso, mesmo em um mundo globalizado, veloz que demanda muito mais entrega de nossa parte, para que de fato as relações e construções façam sentido,muitos ainda escolhem ser chefes; porém, para esses, não tenho medo de errar ao dizer, seu reinado está acabando!
A impessoalidade, a falta de objetivos comuns, a falta de se sentir parte do projeto é um dos motivos da falência das instituições tidas como as mais importantes e solidas da história da humanidade: Família e Religião, se nem elas, deram conta de segurar o rojão, exatamente por terem passando por cima, do indivíduo e seus anseios, você acredita que possa fazer seu aluno progredir, sua empresa crescer e se manter sólida, sua família prosperar, sem se fazer um líder ao invés de um chefe?
A história está aí para dizer que não...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

já se perguntou por que a vagina se chama vagina?

 Eu amo vaginas, acima de tudo aprendo a cada dia amar a minha vagina. Não no sentido sexual propriamente dito. Ter vagina no ocidente é algo decadente, humilhante e perturbador. A História mostra o quanto tem se varrido socialmente os mistérios e segredos do feminino, a beleza de ser mulher, para ser pecadora, submissa e domesticada.
Voltando a vaginas, sempre me neguei acreditar que tal fonte de vida e prazer só tivesse sentidos pejorativos e sujos, e agora quero novos sentidos.  Aprofundar meu conhecimento (sexualidade e personalidade) está relacionado a minha vagina, a aceitação dela como parte pulsante e forte e sim,  conhecer, compreender e aceitar o legado que tenho por tê-la! Aproveitar para rir um pouco também.



A palavra "vagina" também tem suas origens no hábito anatômico de usar semelhanças para atribuir nomes. Em latim, a palavra originalmente implicava uma bainha ou estojo de proteção da lâmina de uma arma branca, a cobertura protetora de uma espada. No século XVI, no entanto, esse significado começou a mudar, e a palavra a ser usada em associação com uma parte especifica da anatomia sexual feminina. Acredita-se que tenha sido o anatomista italiano Matteo Realdo Colombo a primeira pessoa a usar "vagina" nesse sentido (...) descreveu (...) "aquela parte na qual se insere a mentula (talo de menta/pênis) como se fosse uma vagina (bainha)." 
(...) A partir de 1700, tornou-se o termo preferido dos guias de parto (...) Pierre Diones descreve como a vagina "recebe a Espada do Home, e torna-se um estojo para ela e portanto, é chamada Vagina, o quer dizer, sua bainha". A vagina havia nascido. Da concepção à aceitação publica passaram-se cerca de 150 anos. Assim, graças aos símiles e aos primeiros anatomistas os seres humanos têm sexo com bainhas e caudas, mas poderia ter sido pior, poderia ter sido uma combinação da avenida do rei com o talo do repolho.




*A palavra “pênis”, em particular, tem sua origem em sua semelhança com ima parte da anatomia animal. Para simplificar, pênis era uma palavra arcaica para cauda de um animal. Como foi que isso se deu? Bem, sugere-se que a esse título lhe foi conferido em parte, como as caudas de muitos animais, o falo podia endurecer e levantar-se, bem como ficar pendente.


A historia da V - abrindo a caixa de pandora, Catherine Blackedge

segunda-feira, 23 de maio de 2011

marchamos pelas coisas certas?

Acho um pé no saco os discursos de evangélicos e católicos em prol da família. È pura hipocrisia e mentira. Sair às ruas contra a maconha, vetar o direito de homossexuais poderem oficializar a união estável e o recebimento de herança ou gritar em alta voz contra o aborto NÃO DEMOSTRA EM NADA AMOR A FAMILIA.

Por que não saem as ruas fazendo coro a melhorias de salários e de trabalho aos professores que cuidam de fato de seus filhos  e de fato interferem na educação diária deles?

Por que não fazer coro a milhares de mulheres que sofrem caladas abusos físicos de seus maridos e parceiros? Por que não ajudar estas mães a terem saudade física e mental para amarem e educarem seus filhos?

Por que não vamos às ruas para garantir que os pais estrupadores de filhos e filhas não retornem as suas casas e continuem afetando a vida e a segurança destas crianças?

Por que não gritar por melhores médicos mais educados e melhor treinados, a ver o paciente como um ser humano e oferecer  e tratamentos  dignos a nossas doenças físicas e mentais?

Por que não exigir transporte digno, limpo e barato quanto nao muito gratuito, ao inves de pagar todo mes os supostos 20% do nosso salário?

Por que não exigir a abertura dos documentos da ditadura e muitas pais e mães saberem o que foi feito de seus filhos e terem o direito a enterrar dignamente seus amores violados pela barbárie?

Por que não sair do comodismo e arrancar aquela corja de politicos com seus salários absurdamente  vergonhosas para uma administração publica? 

Por que não questionar e fazer valer o preço das coisas nos mercados, uma vez que dizem que nossa economia não tem inflação e tudo tem o preço abaixado?

Por que não dar um basta a violência da policia e acima de tudo na miséria que somos obrigados a ver todos os dias?

Por que ao invés de marchar contra a maconha, homossexuais e aborto, ninguém exige a resposta: “QUEM LUCRA COM TUDO ISSO”?

A segurança das famílias está também na escolha política que nós, pais e mães, fazemos. Ensinar os filhos a Bíblia e temor a Deus é de extrema importância para o individuo, mas não considerar que o mundo ai fora precisa dele como ativista e acima de tudo ter olho apurado e bem discernido as questões do social é ignorância.  

Para que polícia?



Temos que acabar com o direito a violência por parte da Policia!

Violência NÃO

É inadimicível que toda manifestação acabe em agressões, borrachadas, gás de pimenta e abuso de poder.  A policia não é a detentora da ordem, muito menos o meio legal de estabelece-la. Até onde se sabe, sua função é dar uma "garantia" de uma segurança coletiva e individual. Coisa que infelizmente não acontece. 

"Afastem-se que a Tropa de Choque vai passar" é a mentalidade da ditadura que ainda persiste no imaginário desta instituição corrupta e falida!  A nossa polícia precisa ser reformulada, reestrutura e acima de tudo oferecer a seus agentes salários mais dignos para inibir a corrupção e exigir que de fato cumpram sua função, isto é, estar atrás daqueles que perturbam a segurança do cidadão. Nossa policia  precisa de agentes mais cultos,  com noções aprofundadas  de cidadania, direitos humanos e respeito ao civil. Aprender a enxergar no outro um ser igual a ele, e que sua  farda não lhe faz superior de nada. 

O Estado deve ser também reestruturado, e entender que a  Ordem não deve provir do medo, mas sim da educação cidadã: DA DEMOCRACIA! Uma manifestação pública é apenas uma voz que ecoá no seu direito pleno de ser ouvida, estudada, analisada e não apenas calada por calada na base da chibata.

A Espanha, hoje, apesar de sua crise economica e politica, é um exemplo de democracia e exercício coletivo da mesma. E nós quando vamos exigir o respeito que de fato merecemos? 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Juntos...

Conviver é uma tarefa tão complexa, que a UNESCO, em seu documento os 4 Pilares da Educação, fez um subtítulo com o nome Aprender a Viver Juntos.

Nele é explicitado a importância da tolerância, aprendermos com as diferenças, com a cooperação mútua e com a partilha.

O interessante é a obviedade da necessidade em praticarmos todas essas ações, em tese, não precisamos de um documento que nos diga que é imperativo tolerarmos e aceitarmos quem não é idêntico a nós; mas, vivemos em uma sociedade tão doente que até o direito subjetivo e inalienável de sermos quem somos, fica na dependência de um apoio jurídico.

Vivermos juntos é ceder quando não se tem vontade, é aceitar o que não parece obvio, é o esforçamo-nos para olhar o mundo com a ótica do outro do lugar do outro, no corpo do outro.

Caso não tenhamos essas disponibilidades ativadas, viver juntos se torna um martírio, isso pensando só em nosso quintal... quando alastramos essa dificuldade para o convívio global, vemos os verdadeiros desastres humanitários.

Esses grandes desastres nascem das pequenas mortes diárias: a morte do diálogo e do bom senso; essas são as pedras angulares para grande parte dos problemas de convívio da humanidade .

Termos bom senso para entendermos que a vida tem seu curso e que não somos donos da verdade absoluta é um avanço inestimável, podermos contar com o diálogo franco é senão a solução, ao menos, meandros que nos levam à hipóteses, questionamentos de nós mesmos, o que sempre é benéfico e salutar.

sábado, 14 de maio de 2011

Desejo que1968 seja revivado entre estudantes e intelectuais: Todos à Rua

O churrasco em Higienópolis organizado por gente diferenciada foi bem humorado, não perdeu o foco!
Sem tumulto e sem baderna,  demonstrou  que é possível protestar, reivindicar!!!!!!
Que mais disso ocorra, também por outros motivos, mudemos nossas rotinas, e nos reunimos pelas ruas para demonstrar o que queremos e o que não queremos.
Desejo ardentemente ter chego ao fim da era do “amém tácito” aos nossos governantes e a meia dúzia de elitistas preconceituosos e imorais.
As "tradições paulistanas" devem se modernizar com respeito, melhorias publicas e cidadania!
Quero um queijo coalho, por favor!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Paulicéia miserável


     O assunto por si só é ridículo de discutir, mas é necessário, uma vez que uma petição publica foi atendida  prontamente pelo nosso excelentíssimo inútil governador picolé de Chuchu.
      Sim, é ridículo que meia dúzia de moradores de um bairro Classe “Merdia”Alta de São Paulo, simplesmente negocie com o governador, sem mais nenhuma representação popular, e decidam que uma estação de metro não seja construída.
    Está na hora de derrubarmos nossa Bastilha. Somos ou não uma maioria insatisfeita? Aí caiu da cama, e me lembro que vivo em São Paulo, onde a maioria insatisfeita só é uma maioria insatisfeita, não pelo seu voto aqui no Estado, mas porque eu e muitos outros votamos no partido da oposição.
     A mobilização, com caráter de deboche que tem rolado no Facebook, com certeza incomodou alguns cretinos por aí. Porem, de longe derrubará a Bastilha. A prova que O jornal da Folha, jornal da Classe “Merdia” Alta, nos presenteou com uma reportagem pra lá de aristotélica.
     De fato ser rico não é pecado, agora dizer que é virtude? ISSO É SOBERBA!  E SOBERBA NÃO É VIRTUDE, SOBERBA É PECADO! Ninguém escolheu a classe social que nasceu, mas virtude não é ser rico, como também não é ser pobre. Virtude é pensar que sua empregada doméstica, a babá do seu filho, o segurança do seu prédio ou escritório, e todos os trabalhadores do tal Pão de açúcar, merecem deslocarem-se de casa para o trabalho e do trabalho para casa, com melhores condições de transporte, com maior rapidez e segurança.
     Isso o virtuoso, rico e jornalista de meia pataca Sérgio Malbergier, com seu excelente currículo e viagens nas costas, acredita que não é necessário! Afinal nosso passado com pé na ancestralidade medieval, ensina que privilégios, confortos e regalias são apenas para os virtuosos ricos!
     Infelizmente o invejável currículo e viagens nas costas do tal jornalistazinho não lhe privilegiou com a virtude de olhar ao seu redor e concluir que o metro é um bem publico também para ele. Porque está claro que ele prefere o transito, o caos, ônibus fedidos e lotados. E claro, a poluição e todos os blábláblá ecológicos, que aqui são importantes recordar.  

 virtude é "uma disposição habitual e firme para fazer o bem" - S. Gregório de Nissa